Na Tribuna, representante da Hemominas destaca importância da doação de sangue
Os vereadores de Ponte Nova receberam, durante a Palavra Livre da Reunião Plenária da última quarta-feira (18), a gerente-administrativo do Hemonúcleo Regional da Fundação Hemominas, Luciana Marinho Monteiro Cerqueira. Ela falou sobre a Campanha Junho Vermelho e informou que no último dia 14 foi celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. “A doação é um ato nobre. [...] Um doador pode salvar a vida de quatro a seis pessoas a cada doação”. E observou que a cada dois segundos alguém necessita de transfusão de sangue no Brasil.
“Sangue é um medicamento que a gente não consegue fabricar em laboratório, é somente o organismo de uma pessoa que pode fabricar o sangue para salvar vida de um outro ser humano. [...] Ainda não conseguimos nenhum substituto para o sangue humano e todo o sangue retirado durante a doação é reposto rapidamente pelo seu organismo”, explicou.
Junho Vermelho
Luciana abordou sobre a Campanha Junho Vermelho, de incentivo à doação de sangue. Ela disse que a iniciativa foi instituída pelo Ministério da Saúde e falou sobre o motivo da escolha do mês.
“O dia 14 de junho é o Dia Mundial do Doador de Sangue. [...] Aqui no Brasil, nos estados do Sul e do Sudeste, o frio aperta mais e as doações de sangue diminuem. [...] Então tem esse incentivo para que as pessoas continuem doando não só em junho, mas durante o ano. A Organização Mundial da Saúde recomenda que 3% a 5% da população de um país seja doadora. [...] Na Europa esse percentual chega a 6%, 7%. No Brasil é de 1,8%. [...] Nós brasileiros somos solidários, mas não temos essa cultura de doar sangue regularmente. Só quando um parente nosso interna é que a gente vê a necessidade de perto e começa a doar, na maioria das vezes. Mas é tão importante que cada pessoa sadia doe sangue duas vezes ao ano para salvar inúmeras vidas, porque tem muita gente precisando”, afirmou.
Quem pode doar
Ela informou que qualquer pessoa entre 16 e 69 anos pode ser doador. As mulheres podem doar de três em três meses e, os homens, de dois em dois meses.
“Desde que tenha boa saúde; [...] pesar acima de 50 quilos; não ter tido hepatite após os 11 anos de idade; [...] não ter comportamento de risco para DST [Doenças Sexualmente Transmissíveis]; não ser usuário de drogas; não estar gripado, resfriado, com febre, ou diarréia; não ter ingerido bebida alcóolica nas últimas 12 horas que antecedem a doação; e não estar em jejum”, disse.
A gerente salientou que não há nenhum perigo do doador contrair qualquer doença durante a doação, uma vez que a bolsa de coleta usada é descartável. Ela ainda informou que o volume de sangue doado a cada coleta é em torno de 410 e 450 mililitros.
“Esse volume doado, em 24 horas o organismo recompõe. [...] E colhe-se quatro tubinhos para que o sangue seja examinado para doenças transmissíveis pelo sangue. [...] Esse sangue total depois da doação vai para uma centrífuga em Belo Horizonte, que tem um laboratório bem equipado e com equipamentos muito bons para separar o sangue. [...] O nosso fracionamento aqui era muito bom, mas a hemácia durava 35 dias. Quando passou para Belo Horizonte, passou para 42 dias. Então dura mais tempo, sendo melhor para o paciente que precisa”, completou.
A Hemominas
Luciana disse que a Hemominas faz parte do Programa Nacional de Sangue, implantado pelo Ministério da Saúde em 1980 para regulamentar a doação e a transfusão de sangue nas normas técnicas.
“Para representar esse Programa, cada estado brasileiro criou um Hemocentro. [...] Em Minas Gerais, a Hemominas foi implantada em 1985 e tem 33 unidades no Estado. É ligada à Secretaria de Estado da Saúde e atende todos os hospitais SUS e um número muito grande de hospitais particulares e filantrópicos. Aqui em Ponte Nova, a Hemominas veio em agosto de 2000 com a parceria do Município. A Prefeitura que cedeu o local, que é o PAM [Posto de Atendimento Médico]. A gente fica lá embaixo no térreo do PAM da Esplanada, reformou o local e tem uma parceria de cessão de funcionários. A Hemominas tem 39 funcionários, 23 são cedidos pela Prefeitura”, contou.
Abrangência da Hemominas
Ela pontuou que o Hemonúcleo atende 11 hospitais, abrangendo 31 cidades na região. “Aqui na nossa região tem uma complexidade alta da saúde. O Hospital Gavazza tem 20 cirurgias cardíacas por mês, e essas cirurgias precisam de muita reserva de sangue. E atende a população de 53 cidades da região. O Nossa Senhora das Dores também, com a radioterapia, a quimioterapia, então a gente tem que ter doação de sangue suficiente para atender a demanda. Viçosa também. Então sangue não pode faltar para nossa população aqui não”.
Luciana informou que a Hemominas também atende hemofílicos. “Pacientes que nascem com problemas congênitos que não produzem os fatores de coagulação normais no sangue. [...] Nós temos 15 hemofílicos cadastrados aqui”.
Novo endereço
Ela ressaltou que a nova unidade da Hemominas vai ficar pronta em dezembro deste ano, situada à Avenida Francisco Vieira Martins, em Palmeiras.
“É um sonho para a gente. Eu acho muito mais confortável para os doadores, para os pacientes e para os funcionários. E vai aumentar o número de doação pelo local ser mais centralizado. [...] É muito importante a gente deixar o nosso Hemocentro, o nosso banco de sangue da nossa Cidade com estoque bom, porque a gente não sabe o que vai acontecer. Um acidente, uma cirurgia grande de urgência, tem que ter um estoque grande de reserva”, concluiu.
Considerações
Ao final de sua fala, Luciana informou que a Hemominas funciona de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 11h30, e a doação é por ordem de chegada ou agendada pelo site ou pelo aplicativo MG App. E agradeceu a oportunidade “para falar desse ato tão importante que é a doação de sangue”.
Os vereadores agradeceram a presença de Luciana e ratificaram o importante papel da Hemominas para a doação de sangue para a população.
O vídeo da Reunião Plenária do dia 18 de junho está disponível na página da Câmara no Facebook e no canal o YouTube.
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