Na Tribuna, arquivista trata da digitalização de documentos em órgãos públicos

por Rachel Monteiro publicado 15/12/2025 17h40, última modificação 15/12/2025 17h52
Marinho Filho da Silva participou da Tribuna Livre da reunião plenária da última quinta-feira (11)
Na Tribuna, arquivista trata da digitalização de documentos em órgãos públicos

Marinho Filho da Silva

Os vereadores receberam, na Tribuna Livre da reunião plenária da última quinta-feira (11), o historiador arquivista/biblioteconomista Marinho Filho da Silva. Ele falou sobre a importância da digitalização de documentos públicos e citou benefícios, como a redução do custo de papéis e impressão, agilidade na tramitação de documentos e maior transparência e segurança nos processos administrativos. Contudo, ele chamou atenção para que a transição da gestão dos documentos físicos para o digital seja feita de forma clara e transparente para que a população entenda.

“Hoje nós vivemos numa era digital. [...] Nós precisamos ter um certo olhar não tão assim romântico para a questão da digitalização e da documentação. Isso está numa transição que vai demorar. [...] Às vezes os sites precisam ser mais claros com muita coisa, então, a indexação tem que ser completa, tem que ser salva, tem que ser correta, as ações têm que ser informadas com clareza, não tão jurídica, tão política, para que as pessoas entendam. [...] Tem um enorme número de pessoas com dificuldade de acesso à informação, principalmente a digital. [...] E o sistema hoje, infelizmente, há muitas coisas que são difíceis de entender, principalmente a linguagem jurídica. E os leigos têm dificuldade disso, nós temos dificuldade disso”, pontuou Marinho.

O arquivista citou o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), que objetiva promover a eficiência administrativa e a modernização nos órgãos públicos, e informou que a adesão ao sistema, que é gratuito, pelas prefeituras dos municípios mineiros é voluntária.

Marinho ainda abordou sobre a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011), que garante a qualquer cidadão o direito constitucional de solicitar e de obter informações públicas; e a Lei nº 8.159/1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e cria o Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), órgão vinculado ao Arquivo Nacional.

 Ele lembrou que “é dever do Poder Público a gestão documental e a proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos de prova e informação”.   

A importância de profissionais arquivistas para tratar da gestão, da preservação e do acesso a documentos públicos também foi observada por Marinho.

“Peço a vocês, como homens públicos, que fiquem mais ativos a determinadas situações dentro dessa questão digital, dentro do que a Lei 8.159 fala sobre a documentação pública; não só ela, mas a histórica, aquela que vocês têm aqui e que precisa ser digitalizada”, concluiu.

Ao final de sua explanação, ele agradeceu o espaço para se expressar na tribuna. Os vereadores parabenizaram Marinho pela participação, ressaltaram a importância da digitalização dos arquivos públicos e disseram que o objetivo é que os documentos sejam todos digitalizados.

O vídeo da reunião plenária de 11 de dezembro de 2025 está disponível na página da Câmara no Facebook e no canal no YouTube.

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